Jejum Intermitente

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Como é do conhecimento geral, não é de hoje que se pratica o jejum. O jejum corresponde à privação de alimentos por um certo período de tempo.

Os motivos podem ser religiosos, em que se pratica de maneira diferente de acordo com cada religião. Por exemplo, os muçulmanos na altura do Ramadão, não podem comer nem beber do nascer ao pôr-do-sol. Também se pratica jejum por motivos medicinais, no pré-operatório.

Ultimamente ouvimos falar do jejum intermitente como uma nova estratégia alimentar, que traz benefícios para o corpo e cérebro, melhorando os processos metabólicos.

Esta prática alimentar, corresponde à restrição parcial ou total da ingestão calórica, por um período controlado, normalmente 1 a 3 dias, onde o organismo utiliza as reservas energéticas.

Embora os estudos em humanos sejam escassos, esta prática é utilizada em alguns casos clínicos para diminuir o risco de Obesidade, Hipertensão arterial, Doença Cardiovascular, Diabetes Mellitus e Doenças Neurodegenerativas.

Existem diferentes métodos:

– Método d Leangains de Martin Berkhen, 16:8, ou seja, 16 horas em jejum (apenas é permitido beber água, chá, café,etc) e 8 horas em que se pode consumir todas as calorias;

– Método Brad Pilon (EatStopEat), consiste em fazer jejum em dias alternados;

– Método de Ori Hofmekler (Warrior Diet) (20:4), 1 refeição por dia;

– Método Michael Mosley (5:2 Fast Diet), 5 dias sem restrição, 2 dias de jejum (25% do total de calorias dos restantes dias).

Um exemplo comum corresponde às 12h de jejum, em que após a refeição do jantar, o indivíduo dorme cerca de 8 horas e, apenas faz a refeição do almoço, aproveitando desta forma as horas em que está a dormir para fazer jejum. No entanto, é essencial ter em conta a prática de exercício físico. Muitas pessoas fazem jejum intermitente nos dois dias do fim-de-semana, sábado e domingo, Método Michael Mosley, respeitando as bases da alimentação saudável todos os dias, mesmo nos dias de jejum. É de resto uma das limitações, controlar o apetite que nestes casos pode estar aumentado, levando ao desejo de alimentos hipercalóricos.

Em qualquer caso, é importante ter o acompanhamento de um profissional de saúde. Como disse, anteriormente, a maioria dos estudos foram realizados em animais, como o rato. Ainda são necessários mais estudos que possam fundamentar esta teoria. No entanto, existem pessoas a fazer, e que dizem que trazem melhorias ao nível físico e no bem-estar. Apesar de não ser uma dieta, este regime alimentar, tem sido usado por pessoas que querem controlar o peso. Na minha opinião ainda tenho dúvidas da sua eficácia apesar dos estudos.

“Science takes a back seat to marketing?”

Carolina Fontes
Nutricionista

Membro Activo da Ordem dos Nutricionistas – 1585N

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